“E se um dia ou uma noite um demônio se esgueirasse em tua mais solitária solidão e te dissesse: “Esta vida, assim como tu vives agora e como a viveste, terás de vivê-la ainda uma vez e ainda inúmeras vezes: e não haverá nela nada de novo, cada dor e cada prazer e cada pensamento e suspiro e tudo o que há de indivisivelmente pequeno e de grande em tua vida há de te retornar, e tudo na mesma ordem e sequência – e do mesmo modo esta aranha e este luar entre as árvores, e do mesmo modo este instante e eu próprio. A eterna ampulheta da existência será sempre virada outra vez, e tu com ela, poeirinha da poeira!”. Não te lançarias ao chão e rangerias os dentes e amaldiçoarias o demônio que te falasses assim? Ou viveste alguma vez um instante descomunal, em que lhe responderías: “Tu és um deus e nunca ouvi nada mais divino!” Se esse pensamento adquirisse poder sobre ti, assim como tu és, ele te transformaria e talvez te triturasse: a pergunta diante de tudo e de cada coisa: “Quero isto ainda uma vez e inúmeras vezes?” pesaria como o mais pesado dos pesos sobre o teu agir! Ou, então, como terias de ficar de bem contigo e mesmo com a vida, para não desejar nada mais do que essa última, eterna confirmação e chancela?“, in Wikipedia, retirado de Gaia Ciência, de Nietzsche – para democratizar a coisa…
Mais uma rotunda “reservada”, junto ao Estádio dos Arcos e à ESEIG, próximo da fronteira que separa a Póvoa de Varzim de Vila do Conde:
Indo eu, indo eu…
A caminho de Viseu…
Reservei outra rotunda:
´Ai Jesus`! que lá vou eu!
Mais desgraça,
Mais melaça…
Açúcar convertido em sal,
Em mais lágrimas de Portugal.
Seis milhões, ´seis bilhões´
Arrebentam corações,
Vislumbrando recordações
Feitas aos repelões:
Mais uma rotunda “reser´b´ada”, no Porto – a da Boa´b´ista, na Mouzinho de Albuquerque:
Tanta fome,
Tanta ânsia…
Faz cedo a festa, a transumância
Que de ´bem fica´ tem mal escrito nome…
Perigo!
Aproxima a curta distância.
Serve-se ignorância
De quem passado próximo tem como inimigo
Esquecido…
Sigam com prudência!
Ao eterno retorno regressa com proveniência.
Partidos do mesmo ponto, com insistência,
Sem prioridade dada em resistência…
E cá estamos!
Mais uma vez, bem perto sobramos.
Pois se em sinal de perigo vos sinalizamos
Antes de lá chegardes,
Em azul e branco mostramos,
Sinalizações que não inventámos,
Que aqui, por ´usucapião´
É por direito o senão
De ser campeão…
Indo eu, indo eu…
A caminho de Viseu…
Reservei outra rotunda:
´Ai Jesus`! que lá vou eu!